O “ajuste fiscal” chegou também para os sindicatos. Depois da aprovação do projeto pelo fim do imposto sindical encampado pelo deputado pelo Paraná, Paulo Martins, em novembro, as entidades viram sua arrecadação despencar 88% nos quatro primeiros meses do ano, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
As mudanças nas leis trabalhistas drenaram recursos dos sindicatos. Apenas em abril, o volume total arrecadado pelas associações que supostamente representam trabalhadores foi de R$ 102,5 milhões – uma queda de 90% em relação ao mesmo mês de 2017.
“Um dos meus objetivos ao apresentar o projeto do fim do imposto sindical era exatamente este: acabar com o financiamento artificial de entidades que exploram o trabalhador e representam apenas os próprios sindicalistas. Objetivo atingido”, comentou Paulo Martins através das redes sociais.
Isso porque, com a nova legislação, em vigor há mais de seis meses, a cessão obrigatória do equivalente a um dia de trabalho, que era destinada a custear sindicatos, centrais e federações, foi extinta. A contribuição ainda existe, mas agora é voluntária, e a empresa só pode fazer o desconto com uma autorização, por escrito, do funcionário. Ninguém mais é obrigado a sustentar sindicalistas.
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