Depois de uma mobilização histórica na região de Coribe em defesa da BA 172, que uniu a população e representações políticas das cidades vizinhas de São Félix do Coribe, Jaborandi, Santa Maria da Vitória, Feira da Mata e Cocos em defesa da principal via do município, está definidas as empresa que venceu a licitação para a execução de obras da BA 172, entre Jaborandi – São Félix do Coribe – Entroncamento com a BA 242 no Javi, município de Muquém do São Francisco. O Governo Rui Costa homologou como vencedora a Construtora Caiapó para as obras no trecho de 209 km da BA 172.
“Foram mais de 12 anos de espera, finalmente estamos sendo contemplados com esse resultado que é fruto de muita luta de toda região que se empenhou pela causa, tivemos que unir todas as nossas forças, esquecer nossas diferenças políticas em nome de nossa BA. Agora temos que ver se começa logo, antes das chuvas”. afirmou uma das representações.
As obras fazem parte do Programa de Restauração e Manutenção de Rodovias Estaduais da Bahia(Premar), que contempla diversas rodovias do estado. Os recursos estão garantidos pelo empréstimo global assinado entre o Governo da Bahia e o Banco Mundial(Bird), no valor de US$ 200 milhões, aproximadamente R$ 656 milhões na cotação desta sexta(27).
Segundo as representações, essa conquista mostra que a região precisa se mobilizar mais. “Nossa região sempre sofreu com a falta de estrada, onde cobramos, falamos, e no extremo temos que nos juntar, deixar tudo que estamos fazendo e assumir uma causa que muitas vezes nem acreditamos mais em função dos descasos dos nossos governantes. Infelizmente só com a luta conseguimos chamar a atenção das autoridades, pena que nem todos os gritos são ouvidos”, disse um dos moradores feliz com o resultado.
Afirmaram que já estavam pensando em outra mobilização. “Já estávamos conversando, pensando em fazer uma outra mobilização onde íamos fechar tudo, mais graças a Deus saiu a empresa vencedora da licitação, agora vamos cobrar dos prefeitos da região, que também tem lutado pela causa para cobrar logo o inicio”, falou.
Entenda como tudo aconteceu:
A luta da população de Coribe começou a ganhar força em 2015, quando foi feito o primeiro ato, onde um grupo trabalhadores fecham a BA 172, colocou vários cachos de banana na pista, e ateou fogo em pneus, tentando chamar a atenção do Governo do Estado e dos políticos da região. Esse protesto fez as representações reavaliar a situação, e mobilizar toda população contra o descaso, que culminou no dia 2 de mês de maio, na maior mobilização em defesa de uma estrada que se tenha visto na região, manifestação que se prolongou a até o dia 8 de maio.
Com o lema: “MEU PARTIDO É A BA 172”, trabalhadores e trabalhadoras rurais, comerciantes, estudantes, donas de casa, crianças e políticos, todos se uniram em um único discurso.
A ocupação chamou a atenção do governo do Estado da Bahia, que por meio da Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (SEINFRA), promoveu na tarde do dia 8 de maio uma audiência com as representações da ocupação. A comissão contou com a presença de um representante do Formosinho, Davi; representante dos produtores, Erico Ribeiro; representante dos comerciantes, Valdinei; e com a presença de Dr. Marcelo Emerenciano(PR), prefeito do municípios de Cocos, Manoel Rocha(PR), prefeito de Coribe, Chepa Ribeiro(PP), prefeito de São Félix do Coribe, Assuero(PSDB), prefeito de Jaborandi, Nobelino(PP), Vereador de São Félix do Coribe. Marcaram presença também na audiência, José Rocha (PR), Deputado Federal, Antônio Henrique Junior(PP), Deputado Estadual, Marquinho Viana(PV), Deputado Estadual, e Saulo Pontes, Diretor Superintendente da Superintendência de Infraestrutura de Transporte da Bahia.
Ficou decidido entre as partes “que de forma emergencial seria feito um tapa buraco de São Félix do Coribe ao lixão da Colônia do Formoso, e do lixão da Colônia a Jaborandi. Que iniciaria no dia 15 de maio, e que o edital de reconstrução da BA seria publicado até o dia 10 de junho de 2017 e que a obra de reconstrução teria prazo de seis meses para início, conforme um documento assinado pelas representações presentes na audiência.
Os representantes comemoraram a sensibilização do Governo do Estado na época, e encerram a ocupação no dia 8 de maio. No entanto afirmaram que iriam continuar monitorando todas as ações.
O tapa buraco não saiu como prometido, e nem o edital foi publicado de acordo os prazos acertados na audiência com as representações presentes na comissão.
Foi preciso muita cobrança por parte da população juntos aos políticos, que passaram a cobrar também do Governo Rui Costa solução.
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