Os animais são monitorados através do Projeto Floresta Legal, uma parceria entre o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e instituições que atuam na preservação da natureza, iniciado em agosto de 2017. Por meio das imagens, é possível notar a circulação dos animais nos dias 8 e 12 de agosto deste ano, e que eles, aparentemente, estão em boas condições de saúde.
As câmeras registraram quatro imagens, mas segundo Pablo Almeida, promotor que representa o MP-BA no projeto, os pesquisadores estão analisando os vídeos para saber se quatro animais foram flagrados pelas câmeras ou se duas onças foram filmadas duas vezes. "Estão sendo analisadas a pelagem, entre outras características dos animais", disse Almeida.
O promotor afirmou, ainda que, além dele, os trabalhos estão sendo coordenados por Jorge Velloso, do Instituto Água Boa, e pelo professor Fábio Carvalho, pesquisador do Núcleo de Estudos e Cultura Necc/Uneb Jacobina.
"A fauna da região está sendo monitorada para que haja preservação. Se conseguimos ver predadores, animais como as onças, circulando pela região, é porque podemos considerar que o topo da cadeia alimentar ainda não sofreu com os impactos ambientais negativos", disse o promotor.
Pablo Almeida disse, ainda, que não há registro de animais que invadiram áreas residenciais em Jacobina e região. "A repercussão do projeto está sendo positiva, as pessoas estão manifestando felicidade em ver animais importantes na nossa região", concluiu Pablo.
A localização exata das câmeras e dos animais não são reveladas com o objetivo de manter o meio ambiente local intocado.
Nesse TAC, especificamente chamado de Termo de Compromisso Ambiental, assinado com o propritário rural, ele assumiu o compromisso de regularizar a propriedade dele, de replantar e preservar a área e doar as 15 câmeras para esse trabalho. As outras três câmeras foram doadas por dois proprietários de reservas particulares que desejaram contribuir para o projeto.
Áreas de conservação
O projeto unificado do MP-BA com demais instituições e pesquisadores, visa, ainda, o fortalecimento das Reservas Particulres do Patrimônio Natural (RPPN), que são unidades de conservação de áreas privadas.
As RPPNs são instrumentos postos à disposição de pessoas com propriedades na região que podem contribuir para a preservação do meio ambiente e conservação da natureza, além da proteção da biodiversidade dos biomas brasileiros. Com apoio do MP-BA, já foram pactuadas a criação de 22 RPPNs na região, em sete municípios.
Nas RPPNs são permitidas atividades de pesquisas científicas e visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais. O MP-BA informou que é possível a criação de RPPNs apenas em parcela das propriedades rurais. As áreas que estão sendo monitoradas vão ser convertidas em RPPNs. (Fonte: G1)
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